Tudo que sei do meu futuro é que haverá medo.
Não se engane que só tenho covardia ou solidão.
De covardia, só os pés. De solidão, só as mãos.
O corpo é tudo e nada. É amor e ódio. É fogo e água.
Componho-me, descomponho-me.
Do futuro espero muito, do presente quero pouco, do passado, esquecimento.
Do que virá, nada mais simples do que ser diferente.
Do que já foi, nada mais diferente do que tornar simples.
Espero-me, desespero-me.
Algo mais cobrirá minhas mãos e pés. Algo a mais que o medo:
Livros, amores, olhares e sóis e filhos e luares.
E no fim, algo a mais cobrirá meu corpo.
Cobrindo-me, descobrindo-me.
Não é medo. Não é só medo. É só isso que sei do meu futuro.
quarta-feira, 18 de abril de 2007
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Um comentário:
Vim te visitar.
Gostei do que vi!
Obrigada pela vsita e pelo título de "lugares interessantes". Apareça sempre!
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