Quando os vi juntos pela primeira vez
não eram jovens
Ainda os vejo e não estão mais jovens
E estão juntos
envelhecem juntos
Andam com o braço dela enfiado
no buraco do braço-barriga dele
Caminham devagar
Ele se irritam
Se adoram
Se divertem
E passam os anos
Passam os medos
Amassam as mãos, as juntas, a cara.
Ainda serão daqueles velhinhos que, juntos e devagar,
vão pela faixa comprar vitaminas na farmácia
Ainda serão o que não foram primeiro
(deles para outros e deles para eles mesmos)
Mas já se sabe
Pelos olhos
Pelos nomes
Por hoje e ontem
Que são felizes.
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
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4 comentários:
Elka, em única palavra: emocionante.
A sua existência já é uma dádiva, e vez ou outra sou lindamente presenteada por você!
beijo
Ah, meus velhos...
Amo vocês!
beijo emcadaum.
Elka, quando se trata de amores incondicionais, daqueles que duram uma vida, muitos anos, eles nos comovem mesmo. Muitos até duram anos, mas nem sempre tão verdadeiros por dentro. Para os outros verem há muitos, mas para seus próprios corações viverem, acho que há poucos. Esses eu admiro. E vc deve os conhecer muito bem. Feliz de quem os conhece e pode vivenciá-los. Beijos
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