A mulher acordou cedo.
Nem sol nem frio.
Chuva quente de mormaço.
Coração molhado.
Estômago vazio.
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Velhos noviços
Quando os vi juntos pela primeira vez
não eram jovens
Ainda os vejo e não estão mais jovens
E estão juntos
envelhecem juntos
Andam com o braço dela enfiado
no buraco do braço-barriga dele
Caminham devagar
Ele se irritam
Se adoram
Se divertem
E passam os anos
Passam os medos
Amassam as mãos, as juntas, a cara.
Ainda serão daqueles velhinhos que, juntos e devagar,
vão pela faixa comprar vitaminas na farmácia
Ainda serão o que não foram primeiro
(deles para outros e deles para eles mesmos)
Mas já se sabe
Pelos olhos
Pelos nomes
Por hoje e ontem
Que são felizes.
não eram jovens
Ainda os vejo e não estão mais jovens
E estão juntos
envelhecem juntos
Andam com o braço dela enfiado
no buraco do braço-barriga dele
Caminham devagar
Ele se irritam
Se adoram
Se divertem
E passam os anos
Passam os medos
Amassam as mãos, as juntas, a cara.
Ainda serão daqueles velhinhos que, juntos e devagar,
vão pela faixa comprar vitaminas na farmácia
Ainda serão o que não foram primeiro
(deles para outros e deles para eles mesmos)
Mas já se sabe
Pelos olhos
Pelos nomes
Por hoje e ontem
Que são felizes.
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
Nosso laço
O que você disse da minha poesia, fez dela meu caminho até você. Escreveria a sangue se acabasse a tinta.
Se o caminho fosse de pedra, nos versos teria a força.
E se o caminho fosse longo, eu gritaria as palavras.
Mas se se perdesse no caminho, se me perdesse na memória, eu perderia a palavra no tropel das idéias.
E sempre me faltaria um final.
Se o caminho fosse de pedra, nos versos teria a força.
E se o caminho fosse longo, eu gritaria as palavras.
Mas se se perdesse no caminho, se me perdesse na memória, eu perderia a palavra no tropel das idéias.
E sempre me faltaria um final.
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Quase eu mesma
Nem todos entendem o que escrevo.
Lêem o que lêem.
É quase tudo tão intimista...
Quase todos os gostos e cheiros vividos.
Quase!
Não me confundam com a pena.
Não me confundam com a rima...
Lêem o que lêem.
É quase tudo tão intimista...
Quase todos os gostos e cheiros vividos.
Quase!
Não me confundam com a pena.
Não me confundam com a rima...
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
Cheiro de poesia
Vamos para a esquerda, Carlos! E traga tua rosa.
Vamos pelo caminho livre de Cecília, despindo as mulheres de Picasso, calçando os sapatos para subir nos campos mais verdes e conhecer, enfim, aquele deus do guardador do rebanho, do pai, do menino.
Amanhã! Vamos amanhã!
Que hoje só tenho vontade e tempo de ser tua, boy!
Serei dama na noite. De luar abrirei o corpo e as páginas. O teu perfume me abrirá os poros e me trará de volta minhas palavras.
Então no dia seguinte, te deixo os ramos e vou!
Vou com teu perfume no corpo e a poesia na alma.
Vamos pelo caminho livre de Cecília, despindo as mulheres de Picasso, calçando os sapatos para subir nos campos mais verdes e conhecer, enfim, aquele deus do guardador do rebanho, do pai, do menino.
Amanhã! Vamos amanhã!
Que hoje só tenho vontade e tempo de ser tua, boy!
Serei dama na noite. De luar abrirei o corpo e as páginas. O teu perfume me abrirá os poros e me trará de volta minhas palavras.
Então no dia seguinte, te deixo os ramos e vou!
Vou com teu perfume no corpo e a poesia na alma.
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Boba e brilhante
Eu estava indo bem sem você
Agora é levantar e gritar
Sentar e chorar
Deitar e lembrar
E escrevendo aos calos
Eu estava indo lento sem você
Agora voltei a correr
Tropeçar
Doer
Topar o dedão
Quebrar a cabeça
E bater a cara nas portas sem abrir
Eu estava indo
Apenas indo sem você
Agora rumo
Agora sou mais feliz
Mais uma vez
Agora é levantar e gritar
Sentar e chorar
Deitar e lembrar
E escrevendo aos calos
Eu estava indo lento sem você
Agora voltei a correr
Tropeçar
Doer
Topar o dedão
Quebrar a cabeça
E bater a cara nas portas sem abrir
Eu estava indo
Apenas indo sem você
Agora rumo
Agora sou mais feliz
Mais uma vez
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
Plataforma 24
Frases doces para contar
E perguntas para saber mais
E ainda assim tão pouco...
Saudade farta e fatigada de idas
Uma vez no ponto Madalena (se não falho)
Outra na plataforma 24.
Senti que foi perfeito
Sem exageros!
Mas faltou sentir, mesmo que só ilusão
A eternidade...
Nem no tempo houve espaço pra nós...
E perguntas para saber mais
E ainda assim tão pouco...
Saudade farta e fatigada de idas
Uma vez no ponto Madalena (se não falho)
Outra na plataforma 24.
Senti que foi perfeito
Sem exageros!
Mas faltou sentir, mesmo que só ilusão
A eternidade...
Nem no tempo houve espaço pra nós...
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