sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Incenso

É por estar tão longe
que esse amor não cabe em mim
É por estar tão lindo
que racho ou me incho
a sentir sempre o teu perfume por aqui

É tão ébrio

que a loucura nem se aproxima
E tão sóbrio
que o caminho é linha reta
pelos castelos brancos

com fadas e borboletas
e mágicas entre cadernetas

preenchidas em bar
com cantos em rosa
à caneta
à saliva
a contar sua vida
que devagar
em enxurrada de mirra
envolve
minha vida.

11 comentários:

Anônimo disse...

Quem não guarda uma boa lembrança de uma caderneta escrita em mesa de bar? Ou guardanapos? Entre um copo de vinho ou geralmente uma cerveja, mudamos o mundo ao discorrer das letras que saem apressadas e aos borbotões. Declaramos amores eternos(que sabemos que não serão eternos)mas que naqueles momentos são.E assim como a nossa poetisa diz" dissolvemos a alma" Dissoluta. Diz tudo.E entre risos, beijos e por vezes prantos, fica-se o encanto e as marcas...

Elcio Machado disse...

Uau!

Unknown disse...

"enxurrada de mirra" lindo!

Siça disse...

Faz uns dias que não venho aqui. E faz tempo que não lia nada assim. Dava meu reino pra saber quem ou o que te inspirou. Coisa tão linda, tão adolescente, mas ao mesmo tempo tão madura... até parece as coisas que eu escrevo! Você leu a minha mente outra vez? Dessa vez, me deixou sem mtas palavras. Se superou.

Anônimo disse...

Elka,
Ai meu Deus. Eu ainda estou em êxtase. Acho que o mesmo sentimento que me devora tem rondado você também! Somos loucos, somos livres, somos todos apaixonados... Apaixonados pela vida!
Ah... Se nestes caminhos de linhas retas pudéssemos encontrar nossos abrigos seguros, os mesmos lugares que nos faz ansiar por dias melhores e a insistir na paciência.
Mas somos loucos, somos livres, somos simplesmente apaixonados.

Daniel Damaceno
(Não sei o porquê, mas não consegui postar meu nome)

Siça disse...

Estou aqui outra vez. Pra dizer "lindo". Vou usar uma expressão bem portuguesa, "bestial", que quer dizer magnífico, maravilhoso. É como está essa folha, da caderneta, escrita no bar, quiçá, a caderneta é cor-de-rosa. Será que o incenso cheira a maracujá? Não, não sou como os outros. Eu digo que cheira a chocolate quente. É esse o cheiro que eu queria descobrir, com umas pitadas de canela. Beijo

Anônimo disse...

Tem o cheiro suave de cascas de árvores que "fumam".

Ulisses Coelho disse...

e voltou a todo vapor ... nobilíssima escritora!!!
Quando não houver enxurrada de poesia na tinta o melhor é mesmo aproveitr a poesia onde quer que ela apareça.

beijão

Ulisses

Anônimo disse...

Eu me entrego!

Esse anônimo me conquistou.

Daniel Damaceno.

Elka Waideman disse...

Ulisses, que bom que anda por aqui ainda.
Achei por um momento que a falta de poemas publicados poderia afastar alguns daqui...
mas fiquei feliz!
e que você aproveite toda a poesia da vida.
beijos

Anônimo disse...

plagio :| hehehehe