terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Na curva

As pessoas têm medo de falar da morte
Como se a maldita ouvisse e desse de segui-las pelas curvas
Elas têm mais medo da encapuzada tocar naqueles que amam do que em si mesmos

Temi com insônia a morte de um amor

Quem nessa estrada acredita que a morte é escuridão?
Quem nessa saída acredita que a morte é o fim?
Quem nessa casa sabe ou tem idéia de, pelo menos, quem morreu?
Quem morreu, minha mãe?

Quero vomitar a morte.

6 comentários:

Anônimo disse...

Eu tenho medo de falar da morte. Quanto ao poema é forte, mas me pareceu fragmentário demais. Salvo se isso isso é uma forma justamente de participar a idéia, o que não entendi assim.

Anônimo disse...

e nós falamos tanto sobre ela, não?!




talvez, um dia, entenderemos.

Elka Waideman disse...

Ju, é que ele saiu entre soluços...

beijo

Anônimo disse...

Eu vomitei a morte. Vomitei a dor. A angústia. A incompreensão. O medo. Também temi com isônia a morte de um amor. E agora choro o alívio.

Elka Waideman disse...

agora choramos rindo...
mas choramos ainda.

abraço na prima

Siça disse...

Qdo era pequena, e meu avô morreu, eu acordava assustada pq sonhava com ele e ia ter com minha mãe chorando. Eu deitava na cama dos meus pais e voltava a dormir no meio deles. Durma no colo de quem quiser, qdo tiver assustada. E os amores, Elkinha, não morre nas curvas. Só se forem paixõezinhas pequenas, mas amores não. Eles ficam sempre nas lembranças. Mesmo que eles se apaguem, nunca morrem. E chorar não faz mal à ninguém. Pode chorar. Vc tem colinho. E escreva mto mais.