Conheço esse cansaço
É aquele me chega daqui meia hora
É aquele que dá vontade de abandonar:
A caneta
Os braços
As pálpebras.
É aquele que dá em criança
Que esfrega os olhos
Pra mostrar o sono
Fazendo birra
É a criança estúpida de mim
E acho que ela:
Não gosta de química
Quando nela passa horas
Não gosta tanto assim de ler
Quando saem os livros
E entram as fórmulas.
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
13 comentários:
Quando criança tem sono, dorme.
Quando tá com birra, precisa de colo. Quando tá mto cansada, precisa descansar, deitar na cama, ouvir música e relaxar. Uma comida de mamãe, um lençól cheiroso, um cheiro de "barriga da mãe". E quando acordar, começa tudo de novo. Lá fora, há muita gente torcendo para que essas coisinhas todas funcionem. E funcionam de certeza. Beijinhos.
preciso dizer o quanto vc fala a verdade nisso, gosto tanto de ler, e de repente até um livro de história de torna a coisa mais chata do mundo, quando se tem prazos de adultos para entrega de trabalhos, e nessas horas que eu paro e penso, ai que saudades da aurora da minha vida, da minha infância...
Eu sou dos que acha que tudo é matéria de poesia, assim como você faz. No último verso da segunda estrofe, não sei, há uma quebra, me parece? Será que algo como "fazendo birra" (claro que talvez não seja isso, só uma idéia de ritmo).
Afora, muito bom. A menina que faz birra é a que entrará nesse mundo adulto onde a birra só troca de nome.
Confissão
Eu confesso. Confesso que nem tinha lido seu poema e já gostei. Não sei se a Elis a ajudou ou seus livros se transformaram em poesia, mas a foto que segue logo abaixo... Conquistou-me. Gostei muito. Muito criativa!
Juliano, gostei da idéia. realmente fica mais sonoro.
e olha que eu sou birrenta, em...
rsrs
beijos
Daniel, a Elis adora me fazer companhia nas tardes de estudo. nesse dia a árvore genealógica da família com albinos ganhou um toque de almofadinhas pretinhas...
abraços
Só pra te contar: adotamos outro gatinho. Não durou um dia, a Domingas quis matar.
Não gosta de Química e nada de Exatas. Mas viaja em livros sem fim...(sem birra ou com birra quando Morpheu chega deslizando no silêncio de madrugadas inquietantes).
o problema não é química em si.
é mais o tempo que gasto nela quando teria tanta coisa pra fazer nesse tempo...
se eu odiasse tanto as exatas e a química, não faria biologia, como pretendo. é mais pelo estudo incessante. pelas provas. pela não escolha...
Vejo muito mais poetisa que ligada em biologia. Ganha-se o pão. Mas a alma viaja...
acho tãoooo poeta.
Mas que anônimo chato, ou melhor, chata...
Será? Há histórias compartilhadas. Tantas...
Postar um comentário