quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Birra de criança

Conheço esse cansaço
É aquele me chega daqui meia hora
É aquele que dá vontade de abandonar:
A caneta
Os braços
As pálpebras.

É aquele que dá em criança
Que esfrega os olhos
Pra mostrar o sono
Fazendo birra

É a criança estúpida de mim
E acho que ela:
Não gosta de química
Quando nela passa horas
Não gosta tanto assim de ler
Quando saem os livros
E entram as fórmulas.

13 comentários:

Anônimo disse...

Quando criança tem sono, dorme.
Quando tá com birra, precisa de colo. Quando tá mto cansada, precisa descansar, deitar na cama, ouvir música e relaxar. Uma comida de mamãe, um lençól cheiroso, um cheiro de "barriga da mãe". E quando acordar, começa tudo de novo. Lá fora, há muita gente torcendo para que essas coisinhas todas funcionem. E funcionam de certeza. Beijinhos.

João Vicente Nascimento Lins disse...

preciso dizer o quanto vc fala a verdade nisso, gosto tanto de ler, e de repente até um livro de história de torna a coisa mais chata do mundo, quando se tem prazos de adultos para entrega de trabalhos, e nessas horas que eu paro e penso, ai que saudades da aurora da minha vida, da minha infância...

Anônimo disse...

Eu sou dos que acha que tudo é matéria de poesia, assim como você faz. No último verso da segunda estrofe, não sei, há uma quebra, me parece? Será que algo como "fazendo birra" (claro que talvez não seja isso, só uma idéia de ritmo).

Afora, muito bom. A menina que faz birra é a que entrará nesse mundo adulto onde a birra só troca de nome.

Anônimo disse...

Confissão

Eu confesso. Confesso que nem tinha lido seu poema e já gostei. Não sei se a Elis a ajudou ou seus livros se transformaram em poesia, mas a foto que segue logo abaixo... Conquistou-me. Gostei muito. Muito criativa!

Elka Waideman disse...

Juliano, gostei da idéia. realmente fica mais sonoro.

e olha que eu sou birrenta, em...
rsrs

beijos

Elka Waideman disse...

Daniel, a Elis adora me fazer companhia nas tardes de estudo. nesse dia a árvore genealógica da família com albinos ganhou um toque de almofadinhas pretinhas...

abraços

Anônimo disse...

Só pra te contar: adotamos outro gatinho. Não durou um dia, a Domingas quis matar.

Anônimo disse...

Não gosta de Química e nada de Exatas. Mas viaja em livros sem fim...(sem birra ou com birra quando Morpheu chega deslizando no silêncio de madrugadas inquietantes).

Elka Waideman disse...

o problema não é química em si.
é mais o tempo que gasto nela quando teria tanta coisa pra fazer nesse tempo...
se eu odiasse tanto as exatas e a química, não faria biologia, como pretendo. é mais pelo estudo incessante. pelas provas. pela não escolha...

Anônimo disse...

Vejo muito mais poetisa que ligada em biologia. Ganha-se o pão. Mas a alma viaja...

Anônimo disse...

acho tãoooo poeta.

Daniel Damaceno disse...

Mas que anônimo chato, ou melhor, chata...

Anônimo disse...

Será? Há histórias compartilhadas. Tantas...