A dor nasceu vermelha
Sangrou no peito
E nos olhos sangrava
A lágrima cristalina
Ardeu nas pálpebras
No rosto
No estômago
(não quero comer agora...)
Há pouco tempo que és José,
Foi mais tempo semente de cor.
Era Colorau
Casado com a Neg(r)a
Pai dos Amarelos
(um mais que os outros)
Avô das Brancas
Mais colorau agora que antes
Volta ao pó na terra
- Plantem uma rosa onde jaz José, será rosa do amor.
E o céu fica vermelho
Refletido nos meus olhos, agora vermelhos
- Sua veia que rompeu!
Verteu o vermelho do sangue
- Parou de bater o coração!
De natureza vermelho e lasso
Não é mais José
Nem de Drummond
Nem de nós.
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
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7 comentários:
Belíssimo!
Como diz o Elcio "Como ela consegue?".
beijo carinhoso
bunita!
tava com saudades de te ler...
são tantos sentimentos borbulhando, não?
espero q esteja bem,
beijos!
Mãe, um sentimento tão profundo quanto esse da morte e da ausência pode fazer coisas muito belas e coisas muito tristes.
Sempre achei que esses dois adjetivos combinavam...
Beijos a você, que tanto me conforta.
Ah! Márcia, coisas demais que passam pelo peito e vão direto para as mãos... sem descanço!
Beijos, linda!
Que belo poema, Elka. Emocionante!
Saudade de você.
Beijos.
Obrigada pelo elogio. E senão emoção, o que mais sentir numa hora dessas, não é? Pelo menos tentando encontrar uma maneira de extravazar... ^.^
saudade empilhada aos montes
beijos
As vezes melhor do que comentar uma poesia e ler e reler e depois em voz alta, e tenho feito isso com este poema. Tocante.
beijo.
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