Estar em casa é voltar a tudo
Voltar ao quarto antigo que guarda tudo
É saber onde fica tudo na cidade
E poder chegar até lá sem me perder mais de três vezes.
É saberem da tua história
E dizer aos amigos da falta
E contar o dia que não viram
Ouvir o dia que não viveu.
Ter inveja de algumas idas
Ter mais inveja dos que vieram
Sem você estar
Dos que abraçaram
Sem você estar
Dos que encontraram novos amores
Sem você cantar.
É também matar a saudade
Das bobagens do dia a dia
Das flores do jardim
Da gata pedindo comida.
É descobrir um tapete novo
Um pinheiro quase morto
Um pinheiro renascendo
A grama crescendo.
É ficar a pensar
Na hora de ir embora
De achar a plataforma
E dizer tchau
Sem querer dizer
Sem querer dizer
Sem querer dizer
Sem querer saber
Que a vida lá também é boa
Que a saudade também é boa
E pra entender
(sem precisar dizer)
Que um dia
Eu vou de vez
Mas não desta vez
segunda-feira, 19 de maio de 2008
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Uma mulher de artista
Botar o pé em casa escorrendo toda
Escorrendo a chuva pelo corpo
Escorrendo a roupa
Os cabelos murchos
A lágrima que pude chorar
Sem ninguém saber
O coração não escorreu
Congelou em branco antes de chegar em casa
E aos poucos, com a vitrola, o chá, o incenso
Ele volta a amolecer
E a lágrima volta a escorrer
São tanto os motivos pra chorar...
É a morte da menina
É a outra menina
A ansiedade
A maldade
A vontade
E já com o calor nas entranhas
Sem saber que ainda corro perigo
Te ligo pra saber por onde andas
E digo, sem medo nem castigo:
- Já sei de tuas Marianas!
- Já sei dos teus ídolos!
E por ter tido tal coragem
Choro mais um pouquinho
Mas esse choro todo mundo vê
Está aqui, estampado e vivo.
Escorrendo a chuva pelo corpo
Escorrendo a roupa
Os cabelos murchos
A lágrima que pude chorar
Sem ninguém saber
O coração não escorreu
Congelou em branco antes de chegar em casa
E aos poucos, com a vitrola, o chá, o incenso
Ele volta a amolecer
E a lágrima volta a escorrer
São tanto os motivos pra chorar...
É a morte da menina
É a outra menina
A ansiedade
A maldade
A vontade
E já com o calor nas entranhas
Sem saber que ainda corro perigo
Te ligo pra saber por onde andas
E digo, sem medo nem castigo:
- Já sei de tuas Marianas!
- Já sei dos teus ídolos!
E por ter tido tal coragem
Choro mais um pouquinho
Mas esse choro todo mundo vê
Está aqui, estampado e vivo.
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